Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem enfrentar desafios significativos em seu desenvolvimento motor. Um estudo recente realizado no sul do Brasil investigou as oportunidades de estimulação motora disponíveis para crianças com TEA, com idades entre 6 e 9 anos, buscando entender como o contexto socioeconômico e o nível de escolaridade dos pais podem influenciar essas oportunidades.
A pesquisa, que envolveu 52 responsáveis por crianças diagnosticadas com TEA, utilizou a Escala de Avaliação de Autismo na Infância para classificar o nível do transtorno e o instrumento Affordances for Motor Behavior of Schoolchildren (AMBS) para analisar as oportunidades motoras nos principais ambientes frequentados pelas crianças. Os resultados revelaram que crianças com TEA geralmente têm menos oportunidades de estimulação motora, especialmente em famílias com menor renda. Além disso, o estudo apontou que os materiais disponíveis para essas crianças frequentemente não incentivam o desenvolvimento de habilidades motoras amplas, o que pode contribuir para um estilo de vida sedentário.
Essas descobertas destacam a importância de uma maior conscientização sobre as necessidades motoras de crianças com TEA. Compreender as oportunidades de estimulação motora pode auxiliar na criação de estratégias individualizadas que apoiem os cuidadores e, consequentemente, melhorem os resultados de desenvolvimento das crianças. Intervenções focadas em promover atividades motoras, especialmente em famílias de baixa renda, podem fazer uma diferença significativa na qualidade de vida e no desenvolvimento global de crianças com TEA. É crucial que pais, educadores e profissionais de saúde trabalhem juntos para criar ambientes que ofereçam oportunidades enriquecedoras para o desenvolvimento motor dessas crianças.
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