O elinzanetant, um antagonista duplo dos receptores de neuroquinina-1 e -3, está sendo desenvolvido para o tratamento dos sintomas vasomotores associados à menopausa. Devido à sua ação no sistema nervoso central e à administração noturna, existe a preocupação de que possa causar efeitos residuais na manhã seguinte, afetando a segurança ao dirigir. Um estudo recente investigou essa questão, buscando determinar se o uso de elinzanetant compromete a capacidade de dirigir no dia seguinte.
A pesquisa, um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo e ativo, envolveu 64 mulheres saudáveis com idades entre 40 e 65 anos. As participantes receberam doses de 120 mg ou 240 mg de elinzanetant, zopiclone (um medicamento para insônia) ou placebo durante 5 dias. A principal medida de avaliação foi a capacidade de manter uma posição consistente dentro da faixa de direção, medida pelo desvio padrão da posição lateral (SDLP). Avaliações secundárias incluíram o número de vezes que a faixa foi excedida, a velocidade nas curvas e a ocorrência de eventos adversos.
Os resultados mostraram que ambas as doses de elinzanetant não causaram um comprometimento significativo na performance de direção na manhã seguinte. O SDLP foi significativamente menor do que o limite de não inferioridade, indicando que a capacidade de manter a posição na faixa não foi prejudicada. Embora tenha havido pequenos aumentos no SDLP com ambas as doses em comparação com o placebo no segundo dia, esses efeitos não foram observados no sexto dia. Além disso, as avaliações secundárias não apresentaram diferenças significativas em relação ao placebo, exceto por algumas alterações no número de vezes que a faixa foi excedida e na velocidade nas curvas. A maioria dos eventos adversos relatados foram leves e não houve aumento na frequência com a dose mais alta de elinzanetant. Em conclusão, o estudo sugere que o elinzanetant, quando administrado à noite, não causa efeitos residuais clinicamente relevantes na capacidade de dirigir na manhã seguinte, mantendo um perfil de risco-benefício favorável.
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