A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma condição genética progressiva que afeta principalmente os músculos, levando à fraqueza e degeneração muscular. Um aspecto fundamental no manejo da DMD, especialmente em seus estágios iniciais, é o controle postural. Um estudo recente investigou como o controle postural se manifesta em indivíduos com DMD nos estágios 2 e 3 de Vignos, uma escala que avalia a progressão da doença com base na capacidade funcional.
A pesquisa avaliou a velocidade e a área de deslocamento do centro de pressão (COP) em pacientes com DMD sob diferentes condições sensoriais. O COP é um ponto que representa a média das pressões de contato entre os pés e a superfície de apoio, sendo um indicador importante do controle postural. O estudo utilizou o Wii Balance Board, um dispositivo que mede a distribuição de peso, e um teste de organização sensorial modificado para analisar como as mudanças nas informações sensoriais (visão, propriocepção, sistema vestibular) impactam o equilíbrio dos participantes.
Os resultados revelaram que, apesar da diminuição da força muscular entre os estágios 2 e 3 de Vignos, os participantes demonstraram capacidade de empregar estratégias motoras para manter o controle postural. No entanto, o desempenho do controle postural piorou significativamente com as mudanças nas condições sensoriais dentro do mesmo estágio da doença. Isso sugere que, à medida que a DMD progride, a capacidade de integrar e compensar informações sensoriais torna-se mais desafiadora, impactando a estabilidade postural. Esses achados destacam a importância de intervenções precoces focadas em fortalecer a capacidade de adaptação sensorial em indivíduos com DMD, visando otimizar o equilíbrio e prevenir quedas, o que pode melhorar significativamente a qualidade de vida desses pacientes. O estudo de Siegle, Cristhina Bonilha Huster e colaboradores oferece *insights* valiosos para o desenvolvimento de estratégias de reabilitação mais eficazes.
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