A área da enfermagem, conhecida por sua complexidade e demanda por tempo e recursos, está explorando o potencial da inteligência artificial (IA) para otimizar o processo de diagnóstico. Um estudo recente comparou a qualidade e a eficiência de planos de cuidados elaborados por profissionais de enfermagem com aqueles gerados por um modelo de IA, utilizando as taxonomias NANDA, NOC e NIC como critérios de avaliação. O objetivo é investigar como a IA pode auxiliar na elaboração de diagnósticos mais precisos e em menor tempo, aliviando a carga de trabalho dos enfermeiros.
A pesquisa envolveu uma análise observacional de três casos clínicos simulados, nos quais participaram 30 especialistas, 54 profissionais de enfermagem e o modelo de IA ChatGPT (GPT-4). Os especialistas estabeleceram os planos de referência utilizando a técnica Delphi, enquanto as respostas dos profissionais e da IA foram avaliadas por meio de uma rubrica validada. Os resultados mostraram que o ChatGPT obteve pontuações significativamente mais altas em diversas dimensões, com um tempo de resolução de apenas 35 segundos para os três casos, em comparação com a média de 30 minutos despendidos pelos profissionais. Além disso, os enfermeiros participantes expressaram insatisfação com os sistemas de documentação de diagnóstico existentes.
Os resultados indicam que a IA possui um grande potencial para aprimorar o processo diagnóstico na enfermagem, oferecendo diagnósticos mais rápidos e, em muitos casos, mais precisos. No entanto, os autores do estudo ressaltam a importância da supervisão humana, da consideração de aspectos éticos e da necessidade de aprimoramento dos sistemas atuais para garantir uma integração eficaz da IA na prática clínica. A implementação bem-sucedida da IA na enfermagem pode liberar os profissionais para se concentrarem em aspectos mais complexos do cuidado ao paciente, como o relacionamento interpessoal e a tomada de decisões clínicas, além de reduzir o estresse e a sobrecarga de trabalho.
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