O câncer de colo do útero (CCU) é uma doença que afeta milhões de mulheres em todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Causado pela infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), principalmente o tipo 16, o diagnóstico tardio ainda é um desafio. Estudos buscam entender melhor como diferentes variações genéticas do HPV 16, conhecidas como linhagens, podem influenciar o curso da doença.
Uma pesquisa recente, conduzida no Instituto Nacional de Câncer (INCA) no Rio de Janeiro, Brasil, investigou a relação entre as linhagens A, B, C e D do HPV 16 e o prognóstico de mulheres com CCU. O estudo acompanhou 334 pacientes diagnosticadas entre 2011 e 2014, analisando a presença das diferentes linhagens em amostras de tecido tumoral. Além da tipagem do HPV, fatores como idade, tipo histopatológico do tumor, estadiamento da doença e conclusão do tratamento foram avaliados como possíveis preditores do prognóstico.
Os resultados revelaram que, embora idade, tipo histológico, estadiamento e a adesão ao tratamento tenham impacto significativo no risco de morte, não foi encontrada nenhuma associação entre as linhagens do HPV 16 e o prognóstico do câncer de colo do útero. Essa descoberta sugere que, independentemente da linhagem do HPV 16 presente, outros fatores exercem um papel mais determinante na evolução da doença. O estudo reforça a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para melhorar as chances de sobrevida das pacientes com câncer de colo do útero. É crucial que mulheres realizem exames preventivos regularmente e busquem acompanhamento médico ao notarem qualquer sintoma suspeito.
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