Fadiga na Natação: Impacto na Dor no Ombro e Desempenho Neuromuscular

A dor no ombro é uma queixa comum entre nadadores, afetando significativamente seu desempenho e qualidade de vida. Um estudo recente investigou como a fadiga induzida pelo treinamento de natação pode influenciar a força muscular e a atividade eletromiográfica (sEMG) em jovens nadadores que sofrem de dor unilateral no ombro, comparando-os com um grupo controle saudável.

A pesquisa, publicada no The Journal of sports medicine and physical fitness, envolveu a análise de 20 nadadores de crawl frontal, divididos em dois grupos: um com dor no ombro (PAIN) e outro sem (controles). Os participantes foram submetidos a avaliações de força isométrica do ombro e registros de sEMG durante tarefas funcionais e de braçada, antes e após um treinamento de fadiga. Os resultados revelaram interações significativas entre o tempo (antes e depois da fadiga) e o grupo (PAIN e controles) na ativação de músculos como o esternocleidomastóideo (m.SCM), peitoral maior (m.PM) e serrátil anterior (m.SA) durante as tarefas.

Em particular, o grupo com dor experimentou uma redução na ativação do m.PM e um aumento na ativação do m.SCM e m.SA após o treinamento de fadiga. Além disso, apresentaram menor força de rotação interna do ombro em comparação com o grupo controle. Esses achados sugerem que a dor e a fadiga podem afetar a força muscular e a atividade neuromuscular em nadadores com dor unilateral no ombro, o que pode levar a novas abordagens no treinamento e tratamento para prevenir e reabilitar lesões nessa população. A compreensão desses mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos é crucial para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes para otimizar o desempenho e minimizar o risco de lesões relacionadas à natação.

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