Estresse e Dor Musculoesquelética Crônica: Desvendando a Relação
A dor musculoesquelética, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, frequentemente está ligada a fatores como estresse. Embora a conexão entre estresse e dor seja reconhecida, os mecanismos exatos pelos quais o estresse contribui para o desenvolvimento e a persistência da dor musculoesquelética ainda não são totalmente compreendidos. Uma nova pesquisa busca mapear as interações entre os sistemas de estresse do corpo e a dor, com o objetivo de identificar como essas interações podem levar à cronificação da dor.
O estudo, denominado STRAIN, investigará o funcionamento dos principais sistemas de estresse – o sistema nervoso autônomo e o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal – em indivíduos com diferentes tipos e durações de dor musculoesquelética. Isso inclui pessoas com dor crônica generalizada (como fibromialgia), dor localizada crônica e subaguda (como dor lombar) e um grupo de controle sem dor. Os pesquisadores medirão os níveis basais de estresse, a reatividade e a recuperação após estresse agudo e os níveis de estresse crônico. Além disso, examinarão como o estresse interage com a dor nos níveis psicossocial, psicofisiológico e neural.
Através de questionários, medidas autonômicas (como frequência cardíaca e pressão arterial), concentrações hormonais (cortisol e ocitocina), testes sensoriais quantitativos (limiares de dor e tolerância à dor) e ressonância magnética, os pesquisadores esperam obter uma compreensão mais profunda de como o estresse influencia a dor e contribui para sua cronificação. Os resultados deste estudo poderão levar ao desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para o tratamento da dor musculoesquelética crônica, com foco na modulação dos sistemas de estresse do corpo. Compreender a complexa relação entre estresse e dor é crucial para melhorar a qualidade de vida de indivíduos que sofrem de dor crônica.
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