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A alergia a beta-lactâmicos, uma classe comum de antibióticos, é um problema de saúde pública global. No Brasil, um estudo recente investigou a segurança do Teste de Provocação Oral Direta (TPOD) com amoxicilina em crianças e adolescentes com histórico de reações leves a penicilina. O objetivo principal foi avaliar o perfil de segurança desse teste em uma população pediátrica brasileira.

O estudo, conduzido com 54 pacientes entre 1 e 17 anos, utilizou um questionário padronizado para coletar informações sobre as reações alérgicas prévias. O TPOD foi realizado com amoxicilina ao longo de cinco dias. Os resultados mostraram que, em mais de 90% dos casos, os pacientes foram considerados não alérgicos a beta-lactâmicos após o teste. Apenas 7,5% dos testes foram positivos, e um foi considerado inconclusivo. É importante ressaltar que não houve reações graves durante o estudo, o que reforça a segurança do TPOD nessa faixa etária.

Curiosamente, todos os pacientes que apresentaram reações positivas eram do sexo masculino e tiveram reações tardias. Três deles manifestaram sintomas já no primeiro dia do teste, antes mesmo de receberem a segunda dose de amoxicilina. Este achado sugere a necessidade de mais pesquisas para determinar a duração ideal do TPOD, a fim de otimizar a identificação de reações alérgicas. A desmistificação da alergia a beta-lactâmicos através de testes seguros como o TPOD é crucial para garantir que as crianças recebam os antibióticos adequados quando necessário, evitando o uso desnecessário de alternativas menos eficazes ou mais caras. Este estudo contribui para a crescente base de evidências que apoiam o uso do TPOD como uma ferramenta segura e eficaz na avaliação de alergias a medicamentos em crianças.

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