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Um estudo recente publicado no periódico científico Jornal de Pediatria investigou a relação entre a preeclampsia materna e o desenvolvimento de problemas renais em crianças nascidas com muito baixo peso. A pesquisa, que acompanhou bebês prematuros por até 10 anos, revelou uma ligação significativa entre a exposição à preeclampsia durante a gravidez e o aumento do risco de Doença Renal Crônica (DRC) nos filhos.

O estudo do tipo caso-controle analisou dados de 119 crianças com histórico de nascimento com muito baixo peso (entre 500g e 1500g) nascidas entre 2012 e 2022. Deste grupo, 55 crianças desenvolveram DRC, definida por pressão arterial anormal, taxa de filtração glomerular reduzida ou excreção elevada de albumina na urina, enquanto 64 apresentaram resultados normais. Os pesquisadores investigaram diversos fatores neonatais e maternos para identificar preditores de DRC. Entre os achados, bebês que desenvolveram DRC apresentaram escores de peso ao nascer ligeiramente inferiores e maior ocorrência de restrição de crescimento extrauterino.

A principal conclusão do estudo é que a preeclampsia materna foi identificada como um preditor independente de DRC. A condição, caracterizada por pressão alta e presença de proteína na urina durante a gravidez, aumentou em 5% as chances de o bebê desenvolver problemas renais a longo prazo. Este achado ressalta a importância do acompanhamento médico contínuo de crianças nascidas com muito baixo peso, especialmente aquelas cujas mães tiveram preeclampsia, para identificar precocemente possíveis problemas renais e iniciar intervenções adequadas. A detecção precoce e o tratamento adequado podem melhorar significativamente a qualidade de vida dessas crianças, minimizando as complicações associadas à DRC.

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