Fibrinolíticos em Crianças: Nova Abordagem para Derrame Parapneumônico
A pneumonia continua sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em crianças menores de 5 anos, frequentemente complicada pelo derrame pleural parapneumônico. Essa condição, caracterizada pelo acúmulo de líquido no espaço pleural adjacente ao pulmão inflamado, pode exigir intervenção cirúrgica em alguns casos. Um estudo recente revisou a literatura sobre o tratamento do derrame pleural parapneumônico em pacientes pediátricos, com foco no desenvolvimento de um protocolo institucional para o uso de fibrinolíticos.
A revisão analisou artigos dos últimos 15 anos, indexados em bases de dados como PubMed-MEDLINE, LILACS, Cochrane e Scielo, utilizando termos como derrame pleural, empiema, pneumonia, fibrinolítico e crianças. Os resultados indicaram que o ultrassom torácico é uma ferramenta essencial para o diagnóstico e monitoramento da condição. A maioria dos estudos comparou a eficácia do uso de drenagem pleural combinada com fibrinolíticos à cirurgia toracoscópica vídeo-assistida (VATS). Os fibrinolíticos mais utilizados foram o ativador de plasminogênio tecidual e a uroquinase. A duração da hospitalização e os efeitos adversos foram semelhantes entre os grupos.
Os resultados demonstraram que o debridamento químico, que utiliza fibrinolíticos para dissolver coágulos e facilitar a drenagem do líquido pleural, é uma opção custo-efetiva e menos invasiva em comparação com a VATS. As taxas de complicação e os tempos de hospitalização foram similares, o que torna o debridamento químico uma alternativa preferível como tratamento de primeira linha. A criação de um protocolo institucional para o uso de fibrinolíticos visa padronizar as práticas e apoiar a tomada de decisões baseada em evidências, garantindo um tratamento mais eficiente e seguro para crianças com derrame pleural parapneumônico.
Origem: Link