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A dor de cabeça é uma queixa comum entre crianças e adolescentes, gerando preocupação em pais e médicos sobre possíveis causas subjacentes. Um estudo recente investigou a utilidade da ressonância magnética (RM) cerebral em crianças com dores de cabeça crônicas, visando identificar quando exames de imagem são realmente necessários.

A pesquisa analisou retrospectivamente dados de 387 crianças e adolescentes, com idades entre 2 e 17 anos, que procuraram atendimento neurológico pediátrico devido a dores de cabeça persistentes por mais de quatro semanas. Os resultados da RM cerebral foram classificados em quatro grupos: (1) achados relacionados à dor de cabeça que exigiam intervenção imediata, (2) anormalidades possivelmente relacionadas à dor de cabeça, (3) anormalidades relacionadas à dor de cabeça que não necessitavam de intervenção e (4) exames normais. A análise revelou que a maioria dos pacientes (65%) apresentava resultados normais na RM, enquanto apenas uma pequena porcentagem (0,3%) apresentava achados que exigiam intervenção.

Os resultados sugerem que, em crianças com dores de cabeça crônicas e exame neurológico normal, a probabilidade de detectar anormalidades significativas na RM cerebral é baixa. Isso indica que a realização rotineira de exames de imagem pode não ser necessária nesses casos, e a decisão de solicitar uma RM deve ser baseada em critérios clínicos específicos. Métodos de imagem devem ser considerados em casos selecionados, auxiliando no diagnóstico preciso, mas evitando a exposição desnecessária à radiação e custos adicionais.

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