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Um dos primeiros sinais frequentemente observados em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é o atraso no desenvolvimento da linguagem. Esse atraso pode estar associado a dificuldades que afetam a capacidade de compreensão da leitura a longo prazo. Crianças autistas frequentemente apresentam desafios significativos na pragmática, que se refere ao uso comunicativo da linguagem.

Uma pesquisa recente investigou as bases neurais da linguagem pragmática em crianças com autismo, concentrando-se na relação entre a rede pragmática (PN) do cérebro e a compreensão da leitura. O estudo utilizou ressonância magnética funcional (fMRI) para examinar as diferenças na atividade da PN durante tarefas de leitura em crianças autistas e neurotípicas (NT) entre 8 e 13 anos. Os resultados revelaram que, embora ambos os grupos mostrassem atividade na PN, as crianças com TEA apresentaram um recrutamento adicional de áreas da PN que se sobrepõem ao processamento da linguagem, à integração contextual da informação linguística e à teoria da mente.

Além disso, o grupo com TEA demonstrou uma correlação entre a porcentagem de mudança no sinal da fMRI e a compreensão da leitura, o que não foi observado no grupo NT. Esses achados destacam a importância da PN na compreensão da leitura e indicam um maior envolvimento dessa rede em indivíduos com autismo. Compreender melhor esses mecanismos cerebrais pode levar a abordagens mais eficazes para apoiar o desenvolvimento da linguagem e a compreensão da leitura em crianças com TEA. A pesquisa sugere que intervenções focadas no fortalecimento da rede pragmática podem trazer benefícios significativos para essa população.

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