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A cetoacidose diabética (CAD) é uma das complicações mais graves do diabetes mellitus tipo 1, representando um risco significativo para a vida de crianças e adolescentes. Um estudo transversal realizado em um hospital universitário analisou casos de CAD em pacientes pediátricos, buscando identificar as complicações mais frequentes e caracterizar essa condição em ascensão.

A pesquisa, que revisou prontuários de pacientes de 0 a 16 anos tratados entre 2016 e 2020, revelou um aumento alarmante de 90,9% nos casos de CAD durante esse período. Surpreendentemente, mais da metade dos pacientes (55,8%) foram diagnosticados com diabetes tipo 1 pela primeira vez durante a internação por CAD. Adolescentes foram o grupo etário mais afetado, e a CAD grave foi mais comum em crianças em idade escolar. A análise também indicou uma correlação entre a dose de insulina utilizada e a gravidade da cetoacidose. A complicação mais frequente observada foi a hipocalemia (baixos níveis de potássio no sangue).

Embora a hipocalemia tenha sido a complicação mais comum, o estudo também destacou a ocorrência de edema cerebral em 11,7% dos casos, sendo esta a causa da única morte registrada, resultando em uma taxa de mortalidade de 1,3%. Apesar da gravidade do edema cerebral, a taxa de mortalidade relativamente baixa sugere a eficácia do tratamento com insulina subcutânea, conforme protocolo do hospital. A pesquisa conclui que o aumento da incidência de CAD acompanha as tendências globais e ressalta a importância da adesão ao tratamento, especialmente entre adolescentes previamente diagnosticados. Além disso, enfatiza a necessidade de estudos futuros para confirmar os achados, abordar questões de adesão e aprimorar as práticas de hidratação, dosagem de insulina e monitoramento, visando reduzir as complicações associadas à CAD em pacientes pediátricos.

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