A recuperação da função do braço e ombro é uma preocupação constante para mulheres que superaram o câncer de mama. Muitas vezes, a fadiga e a diminuição da força muscular persistem mesmo após o término do tratamento, impactando significativamente a qualidade de vida. Um estudo recente investigou a relação entre a força de preensão manual, a fadiga e a função do membro superior em sobreviventes de câncer de mama.
A pesquisa envolveu 100 mulheres que já haviam passado pelo tratamento do câncer de mama. A força de preensão manual foi medida utilizando um dinamômetro, enquanto a fadiga e a função do braço foram avaliadas por meio de questionários específicos. Os resultados mostraram que a força na mão dominante era significativamente maior que na mão não dominante. Além disso, foi identificada uma correlação importante entre a força de preensão manual, a fadiga e o índice de massa corporal (IMC) com a função do membro superior. Em outras palavras, mulheres com menor força, maior fadiga e IMC mais elevado tendiam a apresentar maior dificuldade em realizar atividades cotidianas com o braço e o ombro.
Os achados do estudo reforçam a importância de se considerar a força muscular e a fadiga na avaliação e no tratamento de mulheres que sobreviveram ao câncer de mama. Estratégias de reabilitação que visam fortalecer a musculatura e reduzir a fadiga podem ter um impacto positivo na função do membro superior e, consequentemente, na qualidade de vida dessas mulheres. É fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos a esses fatores e ofereçam um acompanhamento individualizado, buscando otimizar a recuperação e o bem-estar das pacientes.
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