Ao avaliar a eficácia de tratamentos fisioterapêuticos, pesquisadores frequentemente utilizam medidas estatísticas chamadas ‘tamanhos de efeito’. Estas medidas ajudam a quantificar a magnitude do impacto de uma intervenção, permitindo uma melhor compreensão dos resultados obtidos. Um estudo recente publicado na revista *Archives of physical medicine and rehabilitation* propõe diretrizes padronizadas para interpretar esses tamanhos de efeito, tanto para diferenças individuais quanto para diferenças entre grupos.
A pesquisa analisou dados de diversas meta-análises publicadas em periódicos de fisioterapia de alto impacto. O objetivo principal foi estabelecer valores de referência para classificar os tamanhos de efeito como pequenos, médios ou grandes, dependendo do tipo de análise realizada. Para diferenças individuais, medidas pelo coeficiente de correlação de Pearson (r), os valores de 0.3, 0.5 e 0.6 foram sugeridos como limiares para efeitos pequenos, médios e grandes, respectivamente. Já para diferenças entre grupos, avaliadas pelo Hedges’ g, os valores correspondentes foram 0.1, 0.4 e 0.8.
Além das diretrizes gerais, o estudo também forneceu valores específicos para diferentes áreas da fisioterapia, como cinesioterapia, diagnósticos fisioterapêuticos, terapias físicas (laser, magnética, eletroterapia) e terapia manual. Por exemplo, na cinesioterapia, tamanhos de efeito de 0.1, 0.3 e 0.7 foram considerados pequenos, médios e grandes, respectivamente. Compreender essas nuances é crucial para interpretar corretamente os resultados de estudos clínicos e tomar decisões informadas sobre o tratamento mais adequado para cada paciente. Estas diretrizes auxiliam profissionais da área a discernir a relevância clínica dos resultados e a otimizar as estratégias terapêuticas.
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