Autismo: Estudo Revela Diferenças no Processamento Facial em Bebês

Um novo estudo publicado na revista Infant Behavior & Development investigou padrões de atenção facial em bebês com maior probabilidade de desenvolver Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa examinou como esses bebês, em comparação com bebês de desenvolvimento típico, processam rostos e se há diferenças significativas em seus padrões de olhar.

O estudo acompanhou bebês de 7, 10 e 13 meses, analisando o efeito de inversão facial (a dificuldade em reconhecer rostos quando estão de cabeça para baixo) e a tendência de olhar para o lado esquerdo do rosto. Em bebês com desenvolvimento típico, observa-se um efeito de inversão e uma preferência por olhar para o lado esquerdo do rosto. No entanto, pesquisas anteriores sugerem que bebês que mais tarde são diagnosticados com TEA podem apresentar padrões diferentes.

Os resultados indicaram que bebês com maior probabilidade de desenvolver TEA apresentaram menor tendência a olhar para o lado esquerdo do rosto em comparação com o grupo de desenvolvimento típico. Além disso, observou-se uma interação entre a idade e o tamanho da pupila, com bebês do grupo com maior probabilidade de TEA mostrando um aumento maior no tamanho da pupila ao longo do tempo. Essas descobertas sugerem que diferenças no processamento facial podem estar ligadas ao TEA, e que o estudo do olhar e das respostas pupilares pode ser importante para a identificação precoce de risco. Mais pesquisas são necessárias para determinar se esses padrões são específicos para rostos ou refletem atipicidades mais amplas na assimetria hemisférica e função autonômica.

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