A doença de Parkinson é uma condição neurológica progressiva que afeta o movimento, o equilíbrio e a coordenação. Embora não haja cura, diversas terapias podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Entre as abordagens conservadoras, a terapia aquática e a terapia terrestre são frequentemente utilizadas, visando fortalecer a musculatura e aprimorar a funcionalidade.
Um estudo recente investigou a eficácia dessas duas modalidades terapêuticas em pacientes com Parkinson. Durante 12 semanas, os participantes foram aleatoriamente designados para realizar exercícios em ambiente aquático ou terrestre. Os pesquisadores avaliaram diversos parâmetros, incluindo a progressão da doença através da Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS), a força muscular dos membros inferiores e a composição corporal, analisando a massa óssea, a massa livre de gordura e a massa gorda.
Os resultados da pesquisa revelaram que, embora ambas as terapias não tenham demonstrado melhorias significativas na força muscular ou na progressão da doença, observou-se uma redução na massa livre de gordura em ambos os grupos. Curiosamente, a terapia aquática apresentou um aumento na intensidade do eco do músculo reto femoral, um dos músculos do quadríceps, em comparação com a terapia terrestre. Além disso, o estudo identificou uma associação entre parâmetros de produção de força e a progressão da doença, sugerindo que estes podem ser mais relevantes do que os parâmetros morfológicos na avaliação e acompanhamento de pacientes com Parkinson. Apesar dos resultados, é importante ressaltar que o estudo utilizou modalidades de baixa intensidade, o que pode ter influenciado na ausência de ganhos significativos na força muscular. Mais pesquisas são necessárias para determinar a intensidade ideal e a combinação de exercícios para otimizar os resultados terapêuticos em pacientes com Parkinson.
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