Mulheres que sobreviveram ao câncer de mama podem enfrentar desafios persistentes, mesmo anos após o diagnóstico e tratamento. Um estudo recente investigou a prevalência e os fatores associados a dificuldades de sono em sobreviventes de longo prazo (LTBCSs, na sigla em inglês), revelando impactos significativos na qualidade de vida e bem-estar geral.
A pesquisa, publicada no Supportive Care in Cancer, avaliou 80 LTBCSs e descobriu que mais da metade (55%) relatava problemas de sono consideráveis. Essas dificuldades foram associadas a uma pior qualidade de vida relacionada à saúde (HRQoL), menor percepção de aptidão física, alterações de humor, aumento da fadiga relacionada ao câncer (CRF) e dor. A análise estatística identificou preditores chave para as dificuldades de sono, incluindo o funcionamento do papel (capacidade de desempenhar atividades diárias), náuseas e vômitos, e o nível de atividade física.
Os resultados destacam a importância de abordar as queixas de sono em sobreviventes de câncer de mama, mesmo após o término do tratamento. Intervenções que visam melhorar o funcionamento do papel, controlar os sintomas como náuseas e vômitos, e promover a atividade física podem ter um impacto positivo na qualidade do sono e, consequentemente, na qualidade de vida dessas mulheres. É crucial que os profissionais de saúde estejam atentos a esses desafios e ofereçam suporte adequado para ajudar as sobreviventes a superar as dificuldades de sono e melhorar seu bem-estar geral. A identificação precoce e o tratamento eficaz desses problemas podem contribuir significativamente para uma recuperação mais completa e uma melhor qualidade de vida a longo prazo para as sobreviventes de câncer de mama.
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