Lesões no ligamento cruzado anterior (LCA), frequentemente tratadas com cirurgia de reconstrução, podem aumentar o risco de inatividade física, obesidade e, consequentemente, o desenvolvimento precoce de osteoartrite no joelho. Visando combater essa progressão, um novo estudo está investigando a eficácia de uma intervenção digital focada em educação e exercícios terapêuticos para jovens que passaram por reconstrução do LCA.
O estudo, denominado Stop OsteoARthritis (SOAR), é um ensaio clínico randomizado que compara um programa digital abrangente a uma intervenção mínima. Participantes com idades entre 16 e 35 anos, que realizaram a reconstrução do LCA entre 9 e 36 meses atrás e ainda apresentam sintomas, serão divididos em dois grupos. O grupo experimental receberá um programa de 6 meses que inclui aprendizado em grupo por videoconferência, um programa individualizado de exercícios terapêuticos semanais para serem realizados em casa, acompanhamento da atividade física e aconselhamento individualizado com um fisioterapeuta. O grupo controle, por outro lado, receberá um vídeo educativo, um guia de melhores práticas para reabilitação do LCA, uma sessão de videoconferência e acompanhamento.
O principal objetivo do estudo é avaliar se a intervenção digital resulta em melhora dos sintomas relacionados ao joelho, da função e da qualidade de vida dos jovens após a reconstrução do LCA. Além disso, o estudo também analisará o impacto da intervenção nas características da osteoartrite no joelho, utilizando ressonância magnética, e avaliará os custos e a implementação do programa. Ao fornecer dados sobre a eficácia, implementação e custo-efetividade dessa intervenção digital, o estudo SOAR busca contribuir para o desenvolvimento de estratégias para reduzir o crescente impacto da osteoartrite na população, promovendo a saúde e o bem-estar de jovens em risco.
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