A dor lombar é uma queixa comum, mas em militares que sofreram amputação de membros inferiores, ela pode apresentar características específicas. Um estudo recente investigou a relação entre dor lombar, incapacidade funcional e fatores biopsicossociais nesse grupo, buscando entender como a perda de um membro impacta a experiência da dor nas costas.
A pesquisa comparou militares e veteranos com e sem histórico de trauma de combate. O grupo exposto ao trauma foi subdividido em três categorias: aqueles com lesões lombossacrais, aqueles com amputação de membros inferiores sem lesões lombossacrais e aqueles sem amputação ou lesões lombossacrais. Os resultados mostraram que o grupo com amputação de membros inferiores (sem lesões lombossacrais) apresentava níveis de dor lombar e incapacidade funcional significativamente maiores em comparação com o grupo sem histórico de trauma. No entanto, esses níveis eram menores do que os observados no grupo com lesões lombossacrais.
Além disso, o estudo identificou diversos fatores biopsicossociais associados a uma maior incapacidade funcional em militares com amputação. Entre esses fatores, destacam-se: histórico de dor lombar anterior à amputação, índice de massa corporal mais elevado, uso corrente de opioides, dor fantasma e dor residual no membro amputado, e maiores índices de depressão. Esses achados ressaltam a importância de uma abordagem multidisciplinar no tratamento da dor lombar em militares com amputação, considerando não apenas os aspectos físicos, mas também os fatores psicológicos e sociais que podem influenciar a experiência da dor e a qualidade de vida.
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