Um estudo recente realizado na Colúmbia Britânica, Canadá, investigou as trajetórias educacionais de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com foco nas diferenças de gênero. A pesquisa, que analisou dados administrativos de mais de 4.000 estudantes, revelou insights importantes sobre o impacto do gênero no desenvolvimento acadêmico e no acesso a serviços de apoio.
Uma das descobertas mais significativas foi a diferença no tempo para o diagnóstico inicial de TEA entre meninos e meninas. As meninas, em média, levam mais tempo para receber o diagnóstico, o que pode ter implicações em seu progresso educacional. Essa demora pode ser atribuída a critérios diagnósticos que historicamente favoreceram a identificação de TEA em meninos, além de manifestações diferentes do transtorno em cada gênero. O estudo também apontou diferenças nas taxas de conclusão do ensino médio e nos tipos de diplomas obtidos, sugerindo que o gênero pode influenciar o sucesso acadêmico de estudantes com TEA.
Apesar dessas diferenças, o estudo não encontrou disparidades significativas nas taxas de transição para o ensino superior. Isso indica que, uma vez que chegam ao ensino médio, estudantes com TEA, independentemente do gênero, têm oportunidades semelhantes de prosseguir para a educação pós-secundária. No entanto, os resultados gerais enfatizam a necessidade de conscientizar educadores sobre as nuances de gênero no TEA, para que possam oferecer suporte personalizado e intervenções eficazes que atendam às necessidades individuais de cada aluno. Compreender como o gênero impacta as trajetórias acadêmicas de estudantes com TEA pode informar o desenvolvimento de políticas e práticas educacionais mais equitativas, promovendo melhores resultados para todos.
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