Estudos recentes têm investigado a possível ligação entre asma em mães e o desenvolvimento de autismo em seus filhos. Uma revisão sistemática e meta-análise abrangente analisou dados de múltiplos estudos observacionais publicados entre 2001 e 2024, buscando entender melhor essa associação. A pesquisa considerou casos de asma materna durante a gravidez e o diagnóstico de autismo nas crianças.
A análise, que envolveu mais de 2,5 milhões de participantes, revelou que existe uma probabilidade ligeiramente maior de autismo em crianças cujas mães tinham histórico de asma. Especificamente, os resultados indicaram um aumento nas chances de autismo infantil em casos de asma materna durante a gravidez, bem como em situações onde a mãe utilizou medicação para asma durante esse período. No entanto, quando comparadas mulheres asmáticas que usaram medicamentos para controlar a asma com aquelas que não usaram, não houve aumento significativo nas chances de autismo em seus filhos.
Apesar da associação encontrada, os pesquisadores enfatizam a necessidade de estudos futuros que considerem fatores adicionais, como a possível neurodivergência dos pais, a gravidade da asma materna e a eficácia das medicações prescritas para controlar a condição. Compreender esses elementos pode ajudar a esclarecer a complexa relação entre asma materna e autismo infantil e, potencialmente, identificar estratégias para mitigar quaisquer riscos associados. É importante ressaltar que essa pesquisa não estabelece uma relação de causa e efeito, mas sim uma associação que merece investigação adicional.
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