Um estudo recente investigou a possível ligação entre a idade dos avós maternos e o desenvolvimento de Transtornos do Espectro Autista (TEA) em seus netos. A pesquisa, conduzida na Califórnia, analisou dados de uma extensa coorte de nascimentos multigeneracional, buscando padrões que pudessem indicar uma correlação entre a idade dos avós no momento do nascimento de suas filhas e o risco de TEA nas gerações seguintes.
Os resultados revelaram associações complexas, com diferenças significativas observadas entre grupos étnicos e raciais. Em avós brancos, tanto paternos quanto maternos, que tiveram filhas em idades mais jovens (18-24 anos), foi observado um aumento nas chances de seus netos desenvolverem TEA. Curiosamente, o oposto foi observado em avós negros mais jovens, onde uma idade mais precoce no nascimento da filha estava associada a um risco menor de TEA nos netos.
Por outro lado, avós hispânicos e negros que tiveram filhas em idades mais avançadas (35-55 anos) apresentaram um risco aumentado de TEA em seus netos. Essas disparidades sugerem que diferentes mecanismos biológicos, sociais e ambientais podem estar em jogo, influenciando o desenvolvimento neurológico das crianças. A pesquisa aponta para a necessidade de estudos mais aprofundados para desvendar esses mecanismos e entender como a idade dos avós, em conjunto com fatores raciais e étnicos, pode afetar o risco de autismo em futuras gerações. Investigações futuras devem considerar tanto os aspectos biológicos quanto os fatores sociais, ocupacionais e ambientais que podem contribuir para essa complexa relação.
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