A qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) tem se tornado um foco importante na avaliação de resultados a longo prazo para pacientes submetidos à terapia de substituição renal (TSR). Um estudo recente investigou o impacto de diferentes modalidades de TSR – hemodiálise (HD), diálise peritoneal (DP) e transplante renal (TR) – na qualidade de vida desses pacientes.
A pesquisa, que envolveu 267 participantes, revelou que o transplante renal está associado a melhorias significativas na qualidade de vida geral e, especialmente, nos aspectos físicos. Pacientes transplantados apresentaram maior capacidade de atividade física e menor impacto da doença renal em suas vidas, quando comparados aos pacientes em hemodiálise ou diálise peritoneal. No entanto, o estudo também apontou que os transplantados continuam a enfrentar desafios semelhantes aos dos pacientes em diálise, como problemas de saúde mental, fadiga e problemas de pele.
Curiosamente, a qualidade de vida entre os pacientes em hemodiálise e diálise peritoneal foi considerada similar. A pesquisa também destacou a importância de considerar as comorbidades e as doenças subjacentes que levam à doença renal em estágio terminal, uma vez que elas exercem um impacto considerável na qualidade de vida dos pacientes. Embora cada modalidade de TSR apresente uma distribuição de sintomas diferente, a avaliação geral dos sintomas foi semelhante entre os grupos. O estudo concluiu que o alívio dos sintomas é um fator crucial para melhorar o bem-estar mental dos pacientes renais, indicando a necessidade de abordagens de tratamento que visem tanto a saúde física quanto a mental.
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