Dor Musculoesquelética Crônica: A Genética Tem Alguma Influência?

A dor musculoesquelética crônica (DMC) é uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Uma característica observada em alguns pacientes com DMC é um processamento alterado da dor, incluindo uma modulação endógena da dor comprometida. Isso significa que o corpo tem dificuldade em regular naturalmente a dor, o que pode levar a uma experiência mais intensa e persistente. Uma hipótese que vem sendo explorada é se variações genéticas ou epigenéticas poderiam explicar essas diferenças individuais na forma como a dor é processada.

Um estudo recente realizou uma revisão sistemática para investigar a influência de variações genéticas e epigenéticas nas medidas experimentais da dor em adultos com e sem DMC. A revisão analisou 24 artigos científicos diferentes, buscando identificar associações entre genes específicos e a forma como a dor é percebida e modulada. Os resultados, no entanto, foram inconclusivos. A pesquisa encontrou evidências de baixa qualidade que não indicam uma associação forte entre genes como COMT e SLC6A e a modulação da dor em voluntários saudáveis ou em pacientes com DMC.

Apesar dos resultados limitados, a pesquisa nessa área continua sendo importante. Compreender se e como fatores genéticos e epigenéticos contribuem para a experiência da dor pode levar ao desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes para a DMC. Embora as medidas experimentais da dor pareçam ser, até certo ponto, resistentes a variações genéticas e epigenéticas, mais pesquisas são necessárias para desvendar completamente a complexa interação entre genes, ambiente e dor crônica. Estudos futuros com metodologias mais robustas e amostras maiores poderão fornecer informações mais claras sobre o papel da genética na dor musculoesquelética crônica.

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