O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que afeta o desenvolvimento, incluindo a linguagem. Uma área de pesquisa importante concentra-se em como o apoio mediado pelos pais pode influenciar positivamente as habilidades linguísticas de crianças com maior risco de desenvolver autismo. No entanto, os resultados desses estudos têm sido variados, levantando questões sobre quais fatores podem afetar a eficácia dessas intervenções.
Um estudo recente investigou se características sutis de autismo presentes nos pais, conhecidas como ‘fenótipo autista ampliado’ (FAA), poderiam influenciar os resultados da linguagem em bebês que recebem apoio mediado pelos pais. O FAA refere-se a traços autísticos mais leves que podem ser observados em indivíduos sem um diagnóstico formal de autismo. Os pesquisadores analisaram dados de um ensaio clínico anterior para determinar se o FAA dos pais moderava o impacto do programa iBASIS, uma intervenção que visa melhorar a interação entre pais e filhos.
Os resultados revelaram que, embora um FAA mais baixo nos pais estivesse associado a um maior crescimento do vocabulário infantil de modo geral, ele não alterou significativamente a eficácia do programa de apoio mediado pelos pais nos resultados da linguagem infantil. Isso significa que tanto os bebês de pais com FAA mais alto quanto mais baixo se beneficiaram igualmente do apoio, em comparação com um grupo de controle. Portanto, pais com características autísticas podem ser considerados para participar de programas de apoio baseados em vídeo-feedback, pois seus filhos podem se beneficiar desse tipo de intervenção para estimular o desenvolvimento da linguagem.
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