Um estudo recente investigou as mudanças nas taxas de diagnósticos psiquiátricos e prescrição de medicamentos psicotrópicos entre jovens no Reino Unido. A pesquisa, que analisou dados de cuidados primários, revelou tendências preocupantes e insights importantes sobre o acesso a serviços de saúde mental durante e após a pandemia de COVID-19.
O estudo acompanhou a incidência de diversos diagnósticos, incluindo transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtornos do espectro autista, transtornos de ansiedade, depressão, abuso de substâncias e transtornos de personalidade, em indivíduos de 1 a 24 anos. Adicionalmente, foram analisadas as tendências de prescrição de medicamentos psicotrópicos. Os resultados apontaram para um aumento significativo nos diagnósticos de TDAH em meninas e jovens mulheres, especialmente na faixa etária de 20 a 24 anos, após o início da pandemia. Este aumento foi mais pronunciado em áreas menos carentes, sugerindo possíveis disparidades no acesso ao diagnóstico e tratamento.
Curiosamente, as taxas de outros diagnósticos, incluindo transtornos mentais comuns como depressão e ansiedade, permaneceram estáveis ou até diminuíram durante o período analisado. Os pesquisadores sugerem que isso pode refletir barreiras no acesso aos serviços de saúde mental impostas pela pandemia. A identificação precoce e o tratamento oportuno de condições de saúde mental são cruciais para o bem-estar dos jovens. Este estudo destaca a necessidade contínua de monitorar as tendências em saúde mental e garantir que os serviços sejam acessíveis e eficazes para todos os jovens, independentemente do sexo ou localização geográfica.
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