Um estudo recente investigou a eficácia de adaptações em carrinhos elétricos infantis para melhorar a mobilidade de crianças com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 2, que possuem duas cópias do gene SMN2. A pesquisa focou no uso desses carrinhos em ambientes cotidianos, visando promover maior independência e participação social.
A metodologia empregada envolveu uma série de casos com crianças de 10 meses a 5 anos com severas limitações motoras. Cada criança recebeu um carrinho elétrico personalizado, adaptado para atender às suas necessidades posturais e motoras específicas. O progresso no aprendizado da mobilidade foi avaliado semanalmente utilizando a ferramenta “Assessment of Learning Powered Mobility” 2.0 (ALP 2.0), com a participação ativa das famílias nos ambientes naturais das crianças. Este acompanhamento permitiu ajustes finos nas adaptações conforme a evolução das habilidades de cada participante.
Os resultados demonstraram que, após oito semanas de treinamento, todas as nove crianças participantes alcançaram pelo menos o nível 6 na escala ALP 2.0, indicando uma melhora significativa na capacidade de dirigir os carrinhos adaptados. Em dois casos, as adaptações foram aprimoradas durante o estudo, acompanhando a evolução das habilidades motoras das crianças. A pesquisa conclui que adaptações personalizadas e o treinamento em ambientes familiares são cruciais para aumentar a mobilidade e a participação de crianças com AME tipo 2. O estudo também ressalta que nem as habilidades motoras iniciais, nem o tipo de adaptação necessária, limitaram o progresso dos participantes, enfatizando a importância de intervenções precoces e a necessidade de mais pesquisas para otimizar as estratégias de treinamento e adaptação para crianças com comprometimento motor.
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