Um estudo retrospectivo realizado no Peking Union Medical College Hospital (PUMCH) investigou a eficácia do valproato de sódio no tratamento de sintomas comportamentais e psicológicos da demência (BPSD), com foco particular na agitação. A agitação é um desafio significativo no manejo de pacientes com demência, e encontrar abordagens farmacológicas eficazes é crucial para melhorar sua qualidade de vida e reduzir o fardo sobre os cuidadores.
A pesquisa analisou dados de 116 pacientes diagnosticados com BPSD que receberam formulações de valproato entre 2013 e 2023. Os pacientes foram categorizados em grupos ‘eficaz’, ‘ineficaz’ e ‘desconhecido’, com base na sua resposta ao tratamento com valproato. Os resultados indicaram que 62,1% dos pacientes apresentaram respostas eficazes, 12,1% mostraram ineficácia e 25,9% tiveram resultados incertos. Embora o grupo eficaz exibisse uma maior prevalência de sintomas de agitação e outros comportamentos, como vaguear, comportamentos restritos e repetitivos e distúrbios do sono, em comparação com o grupo ineficaz, essas diferenças não foram estatisticamente significativas.
Curiosamente, o estudo revelou que pacientes no grupo ineficaz eram mais propensos a apresentar agressão com sintomas psicóticos comórbidos, em comparação com aqueles no grupo eficaz. A conclusão do estudo sugere que o tratamento individualizado com valproato em baixas doses pode ser benéfico no controle da agitação sem psicose em pacientes asiáticos com BPSD. No entanto, os autores enfatizam a necessidade de validação adicional por meio de ensaios clínicos randomizados para confirmar estas observações e determinar com precisão o papel do valproato no manejo da agitação em pacientes com demência.
Origem: Link