Tecnologia IMU: Avaliação da Marcha Após Cirurgia de Tumor no Fêmur Distal

A cirurgia de salvamento de membros com megaprótese é uma opção comum para o tratamento de tumores no fêmur distal. No entanto, o impacto desse procedimento na marcha dos pacientes nem sempre é totalmente compreendido. Métodos tradicionais de análise da marcha podem ser caros e exigir equipamentos especializados, limitando o acesso e a frequência das avaliações.

Um estudo recente investigou o uso de uma unidade de medida inercial (IMU) para comparar parâmetros espaciais e temporais da marcha entre pacientes com megaprótese no fêmur distal e indivíduos saudáveis. A IMU, um dispositivo vestível, foi utilizada para coletar dados de marcha de 31 pacientes submetidos à cirurgia e 48 participantes saudáveis. Os resultados revelaram que os pacientes com megaprótese apresentaram uma velocidade de marcha significativamente menor, além de um índice de propulsão reduzido em comparação com o grupo controle. O índice de qualidade da marcha (GQI) também mostrou-se inferior nas pernas saudáveis dos pacientes operados.

Apesar das alterações observadas, os padrões de marcha dos pacientes permaneceram dentro de limites funcionais. A análise detalhada revelou adaptações compensatórias, como fases de apoio prolongadas nas pernas saudáveis e fases de apoio único diminuídas nas pernas com prótese. Esses achados destacam a importância de estratégias de reabilitação personalizadas para otimizar a mobilidade e melhorar os resultados a longo prazo após a cirurgia. A tecnologia IMU surge como uma alternativa promissora, oferecendo uma solução acessível e portátil para a avaliação clínica da marcha, permitindo um acompanhamento mais frequente e detalhado da recuperação dos pacientes.

Origem: Link

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima