Intervenções comportamentais que focam na comunicação têm se mostrado eficazes para indivíduos com deficiência intelectual e do desenvolvimento (DID). Um aspecto importante a ser considerado é que, quando múltiplas formas de comunicação são possíveis, pessoas com DID tendem a preferir uma modalidade específica em relação às outras.
Identificar essa preferência é crucial para criar intervenções comportamentais mais eficazes e socialmente válidas. A validade social, nesse contexto, refere-se à relevância e aceitabilidade da intervenção para o indivíduo e para a sociedade. Ao respeitar e incorporar a modalidade de comunicação preferida, a intervenção se torna mais agradável e, consequentemente, mais provável de ser bem-sucedida. Um estudo recente avaliou a preferência por diferentes modalidades de comunicação em 14 indivíduos com DID. Os resultados confirmaram que a maioria demonstra uma clara preferência por um tipo específico de comunicação.
As implicações dessa descoberta são significativas para o planejamento e implementação de programas de comunicação para pessoas com DID. Ao invés de impor um método de comunicação específico, os profissionais devem se esforçar para identificar e utilizar a modalidade preferida de cada indivíduo. Isso pode envolver o uso de linguagem de sinais, comunicação por troca de figuras (PECS), dispositivos de comunicação aumentativa e alternativa (CAA) ou outras formas de expressão. Ao priorizar a modalidade preferida, podemos aumentar a motivação, o engajamento e, finalmente, a autonomia de pessoas com deficiência intelectual e do desenvolvimento.
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