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A comunicação eficaz e a interação social são fundamentais para o desenvolvimento infantil, e as habilidades narrativas desempenham um papel crucial nesse processo. Crianças com autismo frequentemente enfrentam desafios na produção e compreensão de narrativas, devido às suas características de desenvolvimento únicas. No entanto, novas pesquisas revelam um quadro mais complexo e promissor.

Um estudo recente comparou as habilidades narrativas de crianças com autismo, falantes de hebraico, com as de crianças com desenvolvimento típico (DT) da mesma idade (6 a 8 anos). Os pesquisadores analisaram tanto a macroestrutura (organização e estrutura das narrativas) quanto a microestrutura (elementos linguísticos como sintaxe e uso de palavras). Os resultados indicaram que, embora ambos os grupos apresentassem habilidades gerais comparáveis, as crianças com autismo demonstravam dificuldades na criação de estruturas narrativas complexas e na integração eficaz de elementos sintáticos.

Apesar desses desafios, o estudo também revelou pontos fortes notáveis nas crianças com autismo, especialmente na capacidade de recontar histórias, onde, em alguns casos, obtiveram pontuações mais altas no uso de palavras funcionais. Esses achados sugerem que as crianças com autismo possuem habilidades narrativas latentes que podem ser aprimoradas em contextos específicos. As implicações dessa pesquisa são significativas, destacando a necessidade de programas de intervenção narrativa direcionados que abordem os desafios e os pontos fortes individuais de cada criança. Estratégias educacionais que se concentrem no aprimoramento da construção sintática e da estrutura narrativa podem melhorar significativamente os resultados da comunicação acadêmica e social para crianças com autismo. O foco deve estar em criar ambientes de aprendizado que valorizem a diversidade e incentivem a expressão individual.

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