Um estudo recente investigou a relação entre a exposição a misturas de substâncias químicas ambientais durante a gravidez e o desenvolvimento de comportamentos semelhantes ao autismo em crianças. A pesquisa, conduzida no Canadá, acompanhou uma coorte de gestantes e seus filhos, analisando a presença de metais, pesticidas organoclorados, substâncias per e polifluoroalquil (PFAS), bifenilos policlorados (PCBs) e poluentes orgânicos persistentes (POPs) no organismo materno durante o primeiro trimestre de gestação.
Os resultados apontaram para uma associação complexa entre a exposição a esses químicos e os comportamentos observados nas crianças entre 3 e 4 anos, avaliados através da Escala de Responsividade Social-2 (SRS-2). Curiosamente, a suplementação de ácido fólico (FA) pareceu modular essa relação. A exposição a misturas de metais mostrou uma associação mais forte com comportamentos autistas em participantes com maior suplementação de ácido fólico. Por outro lado, a exposição às misturas de PFAS, PCBs e POPs apresentou uma associação mais forte com comportamentos autistas em participantes com baixa suplementação de ácido fólico.
Essas descobertas sugerem que a interação entre a exposição a químicos ambientais e a nutrição materna, especificamente a suplementação de ácido fólico, pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento neurológico infantil e na manifestação de comportamentos associados ao autismo. É importante ressaltar que este é apenas um estudo, e mais pesquisas são necessárias para confirmar esses resultados e entender os mecanismos subjacentes. No entanto, os resultados enfatizam a importância de minimizar a exposição a substâncias químicas potencialmente nocivas durante a gravidez e de garantir uma nutrição adequada, incluindo a suplementação de ácido fólico, sob orientação médica. Consultar um profissional de saúde é fundamental para obter orientações personalizadas sobre saúde na gravidez.
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