Expectativas de Pais e Profissionais sobre Crianças com Autismo e Deficiência Intelectual: Um Estudo Comparativo
Compreender as expectativas de pais e prestadores de serviços em relação ao desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou deficiência intelectual é crucial para o planejamento de intervenções eficazes e para a criação de um ambiente de suporte adequado. Um estudo recente investigou essas expectativas em Gana e Zâmbia, países de baixa e média renda, onde a pesquisa sobre o tema ainda é limitada. A análise focou nas percepções sobre a importância e a probabilidade de alcance de diversos aspectos do desenvolvimento infantil.
A pesquisa envolveu a aplicação de questionários a pais e profissionais, avaliando suas expectativas em relação a crianças com TEA ou deficiência intelectual. Os participantes avaliaram a importância percebida e a probabilidade de alcance de diferentes objetivos, como independência, educação de qualidade e inclusão social. Os resultados revelaram diferenças significativas entre pais e prestadores de serviços em Gana, especialmente em relação à importância atribuída à independência e à probabilidade de as crianças alcançarem independência, educação de qualidade e aceitação e inclusão na comunidade. Na Zâmbia, não foram encontradas diferenças estatisticamente relevantes entre os grupos.
Esses achados destacam a importância de considerar as perspectivas de ambos os grupos ao planejar e implementar intervenções para crianças com TEA ou deficiência intelectual. A divergência nas expectativas pode refletir diferentes valores culturais, recursos disponíveis e níveis de conhecimento sobre as condições. A conscientização sobre essas diferenças pode levar a uma comunicação mais eficaz entre pais e profissionais, promovendo uma abordagem mais colaborativa e centrada na criança. Além disso, o estudo ressalta a necessidade de mais pesquisas em países de baixa e média renda, a fim de adaptar as intervenções às necessidades e contextos específicos dessas populações. As implicações dos resultados para a pesquisa, políticas públicas e práticas clínicas são significativas para o avanço do cuidado e suporte a crianças com autismo e deficiência intelectual.
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