Terapias Complementares e Câncer: Um Panorama do Uso nos EUA

Nos Estados Unidos, a utilização de terapias complementares, alternativas e integrativas (CAIM) ainda é relativamente baixa, mesmo entre adultos diagnosticados com câncer. Um estudo recente, baseado em dados do National Health Information Survey (NHIS) de 2022, revelou que menos de 20% dos adultos americanos, com ou sem histórico de câncer, relataram o uso dessas práticas no ano anterior. Essa constatação levanta questões importantes sobre o acesso à informação e a percepção dos benefícios dessas terapias.

A pesquisa, que analisou dados de mais de 27 mil participantes, sendo uma parcela com histórico de câncer, apontou algumas tendências interessantes. A meditação, por exemplo, foi relatada por cerca de 18% dos participantes, enquanto a prática de yoga alcançou 15%. Curiosamente, indivíduos com histórico de câncer demonstraram uma menor propensão a praticar yoga em comparação com aqueles sem a doença. Por outro lado, pacientes com câncer buscaram práticas para alívio da dor com mais frequência, embora a utilização ainda se mantenha abaixo de 5%.

Apesar da baixa adesão, o estudo enfatiza a importância de educar a população sobre as potenciais vantagens das terapias CAIM no gerenciamento de sintomas. Embora nem todos se beneficiem ou se interessem por essas abordagens, o acesso à informação pode capacitá-los a tomar decisões mais informadas sobre seus cuidados de saúde. Além disso, a pesquisa destaca a necessidade de investigar os fatores que influenciam a adoção dessas práticas, a fim de quantificar seu impacto e desvendar os mecanismos biológicos responsáveis por seus efeitos, principalmente em pacientes com câncer. Estudos futuros poderão investigar as mudanças epigenéticas e outros mecanismos biológicos que contribuem para os benefícios observados em alguns pacientes.

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