O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurodesenvolvimental comum que afeta milhões de crianças e adolescentes. Uma área de pesquisa crescente busca entender como fatores maternos podem influenciar a prevalência e a severidade dos sintomas de TDAH em seus filhos. Este campo de estudo explora a complexa interação entre genética, epigenética e influências ambientais.
A pesquisa examina tanto os fatores genéticos, como polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) e escores de risco poligênico para TDAH, quanto as influências epigenéticas, que incluem o ganho de peso gestacional da mãe, a idade dos pais, interações gene-psicopatologia parental e o nível de escolaridade materna. Além disso, fatores como estresse pré-natal materno, hostilidade, maus-tratos, o caos no ambiente familiar pós-natal e os estilos de parentalidade também desempenham um papel importante na manifestação do TDAH. Até mesmo os efeitos positivos do status socioeconômico elevado e da parentalidade positiva podem ser modulados por fatores genéticos maternos, abrindo caminho para futuras investigações.
Outros fatores ambientais maternos associados ao TDAH em crianças incluem a exposição ao paracetamol durante a gestação, a dieta materna, a deficiência de vitamina D e a exposição a toxinas, especialmente provenientes do tabagismo materno. A compreensão do impacto combinado desses fatores ambientais e da genética parental é crucial para desenvolver intervenções mais eficazes e melhorar os resultados a longo prazo para crianças com TDAH. Estudos também apontam para diferenças na atividade das ondas beta e teta, bem como variações no fluxo sanguíneo cerebral no córtex pré-frontal dorsolateral entre crianças com TDAH e aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que pode influenciar as estratégias de diagnóstico e tratamento.
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