A coexistência do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição comum que pode impactar significativamente o desenvolvimento e a adaptação de crianças e adolescentes. Um estudo recente investigou as intervenções, tanto farmacológicas quanto não farmacológicas, mais eficazes para essa população, buscando otimizar o tratamento e melhorar a qualidade de vida desses jovens.
A análise sistemática de 32 estudos revelou que a maioria das pesquisas se concentrou em tratamentos farmacológicos, com destaque para o metilfenidato (MPH) e a atomoxetina (ATX). Ambos demonstraram resultados positivos na redução dos sintomas centrais do TDAH, como hiperatividade e impulsividade, quando comparados ao placebo. A atomoxetina também apresentou benefícios na diminuição de comportamentos estereotipados e no aumento da interação social, embora tenha sido associada a uma maior taxa de interrupção do tratamento devido a efeitos colaterais.
Apesar da predominância de estudos sobre medicamentos, algumas pesquisas exploraram intervenções não farmacológicas promissoras. Essas abordagens incluem o uso de ferramentas de realidade virtual, plataformas digitais, animações educativas e protocolos biomédicos. Os resultados indicam melhorias no reconhecimento de emoções, na regulação comportamental, na atenção e no funcionamento social. Embora a quantidade de dados sobre esses tratamentos alternativos ainda seja limitada, o estudo ressalta o potencial terapêutico dessas intervenções e a necessidade de mais pesquisas para validar sua eficácia e segurança em longo prazo.
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