Um estudo recente investigou a relação entre o nascimento extremamente prematuro (menos de 28 semanas de gestação) e o desenvolvimento de habilidades motoras em crianças. A pesquisa comparou um grupo de crianças nascidas prematuramente com um grupo de crianças nascidas a termo, avaliando seu desempenho motor aos 12 anos e analisando exames de ressonância magnética realizados aos 10 anos de idade.
Os resultados demonstraram que crianças nascidas extremamente prematuras apresentaram um desempenho motor significativamente inferior em comparação com o grupo de controle. Além disso, os exames de ressonância magnética revelaram que as crianças prematuras tinham volumes menores em regiões do cérebro associadas à função motora. Essa redução no volume cerebral foi particularmente notável nas áreas responsáveis pelo planejamento e execução de movimentos.
Dentro do grupo de crianças prematuras, aquelas que apresentaram dificuldades motoras específicas, como problemas com mira e arremesso de bola, mostraram volumes cerebrais ainda menores nas áreas do gânglio basal, cerebelo e nas redes neurais responsáveis pela execução e imaginação de movimentos. Esses achados sugerem uma forte ligação entre o desenvolvimento cerebral na infância e o desempenho motor posterior, especialmente em crianças que nascem muito antes do tempo. O estudo ressalta a importância do acompanhamento e intervenção precoce para crianças prematuras, visando otimizar seu desenvolvimento motor e minimizar possíveis dificuldades no futuro.
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