A pandemia de COVID-19 trouxe consigo uma série de desafios sem precedentes, afetando diversos grupos da população de maneiras distintas. Entre estes, jovens adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) enfrentaram dificuldades únicas, exacerbadas pelas mudanças drásticas em suas rotinas, acesso a serviços e interações sociais. Uma revisão sistemática recente investigou em profundidade como a pandemia impactou a vida desses indivíduos, explorando áreas cruciais como autonomia, emprego, acesso a serviços, socialização, regulação emocional e bem-estar geral.
A pesquisa, seguindo as diretrizes PRISMA 2020, analisou diversos estudos para identificar os principais desafios enfrentados por jovens adultos com TEA durante a crise sanitária. Os resultados apontaram para interrupções significativas em suas vidas diárias, um aumento na dependência de cuidadores e dificuldades na manutenção de atividades estruturadas. A imprevisibilidade e o isolamento impostos pela pandemia agravaram as ansiedades preexistentes e comportamentos desafiadores, impactando negativamente sua qualidade de vida. No entanto, o estudo também destacou o papel crucial da tecnologia, com intervenções assistidas por tecnologia, como terapias virtuais e oportunidades de trabalho remoto, oferecendo algum alívio e suporte durante este período turbulento.
Apesar da diversidade nas metodologias empregadas nos estudos analisados, a revisão sistemática reforça a necessidade urgente de intervenções direcionadas para apoiar jovens adultos com TEA em tempos de crise. É fundamental que pesquisas futuras se concentrem nas consequências a longo prazo da pandemia e no desenvolvimento de políticas inclusivas que promovam a resiliência, o acesso a serviços essenciais e a integração social. A criação de ambientes mais adaptados e compreensivos é essencial para garantir que jovens adultos com TEA possam prosperar, mesmo diante de adversidades inesperadas.
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