A dor pélvica crônica afeta uma em cada quatro mulheres e, embora diretrizes internacionais recomendem o cuidado interdisciplinar, a literatura sobre o tema frequentemente foca na perspectiva de profissões individuais. Uma revisão recente buscou entender melhor o cuidado interdisciplinar para essa condição, analisando as profissões e tratamentos envolvidos, a coordenação do cuidado e a inclusão de pacientes no desenvolvimento de programas.
A revisão, baseada em buscas sistemáticas em diversas bases de dados, identificou programas interdisciplinares para mulheres com dor pélvica persistente, incluindo diagnósticos como endometriose, vulvodinia e síndrome da bexiga dolorosa. Os resultados mostraram uma variação significativa na estrutura e nos componentes desses programas. As profissões mais comumente incluídas foram fisioterapia, psicologia e ginecologia. Os componentes de tratamento incluíram avaliação, educação e estratégias de gerenciamento da dor.
Apesar da identificação desses elementos, a pesquisa revelou uma coordenação limitada entre as profissões e uma baixa participação das pacientes no desenvolvimento dos programas. Isso destaca a necessidade de uma maior padronização do cuidado interdisciplinar, incluindo uma maior participação das mulheres que vivenciam a dor pélvica crônica no planejamento e execução dos programas. A coordenação entre as diferentes áreas de atuação também precisa ser aprimorada para garantir melhores resultados e uma abordagem mais completa para o tratamento da dor pélvica crônica feminina.
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