Intervenções artísticas em grupo estão ganhando destaque como uma ferramenta terapêutica promissora para crianças com dificuldades de aprendizagem, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Uma revisão sistemática recente investigou a eficácia e viabilidade dessas intervenções, buscando consolidar as evidências existentes e oferecer um guia para terapeutas ocupacionais.
A análise abrangente de estudos internacionais revelou que as terapias artísticas em grupo podem trazer benefícios significativos para o desenvolvimento infantil. Observou-se uma redução em comportamentos problemáticos, melhora na interação social, aumento da autoexpressão e promoção do bem-estar geral. Além disso, a pesquisa indicou um impacto positivo no desenvolvimento global das crianças e no fortalecimento do vínculo com seus cuidadores.
Apesar da heterogeneidade dos dados que impediu uma meta-análise completa dos resultados, os achados sugerem que as atividades artísticas em grupo oferecem um ambiente seguro e estimulante para que crianças com dificuldades de aprendizagem explorem suas emoções, desenvolvam habilidades sociais e aprimorem sua comunicação. A revisão propôs um modelo, os Princípios AR3T, para orientar terapeutas ocupacionais na aplicação dessas intervenções, garantindo que sejam personalizadas e eficazes para atender às necessidades individuais de cada criança. Essa abordagem multidisciplinar, que une arte e terapia, representa um caminho promissor para promover o desenvolvimento e a inclusão de crianças com desafios de aprendizagem. Mais estudos são necessários para refinar e validar esses resultados.
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