Saúde Mental e Luta Social: Os Impactos Psicossociais da Violência Política em Lideranças do MST

A violência política, infelizmente, é uma realidade para muitos líderes comunitários e militantes de movimentos sociais no Brasil. Um estudo recente publicado na revista Psicologia: Ciência e Profissão explorou os impactos psicossociais dessa violência na saúde mental de lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Alagoas. A pesquisa buscou compreender como a luta pela terra e a constante exposição a situações de tensão e ameaça afetam o bem-estar psicológico desses indivíduos.

O estudo utilizou entrevistas semiestruturadas e encontros em grupo com três lideranças comunitárias de assentamentos do MST. A análise dos dados revelou que a violência política se manifesta de diversas formas, desde ameaças e intimidações até agressões físicas e assassinatos. Essas experiências traumáticas geram ansiedade, medo, depressão e outros problemas de saúde mental. Além disso, a pesquisa destacou como a violência política afeta o cotidiano dessas lideranças, dificultando o trabalho de organização e mobilização social.

A pesquisa se baseou nas teorias de Ignácio Martín-Baró, que estudou os impactos da violência em contextos de conflito social. O estudo demonstra a importância de considerar a saúde mental como um aspecto fundamental da luta social. É essencial que a Psicologia e outras áreas da saúde estejam atentas a essa questão, oferecendo apoio e acompanhamento às lideranças e militantes que sofrem com os impactos da violência política. A conscientização sobre esses impactos também é crucial para promover a resiliência e fortalecer a luta por justiça social e por um Brasil mais justo e igualitário, garantindo a saúde e o bem-estar de todos.

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