Manter-se ativo após os 60 anos é fundamental para a saúde cardiovascular e a qualidade de vida. Um estudo recente investigou os efeitos de diferentes tipos de exercício – aeróbico, de resistência (musculação) e uma combinação de ambos – na capacidade cardiorrespiratória de idosos saudáveis. A pesquisa, uma revisão sistemática e meta-análise de diversos estudos, oferece evidências robustas sobre os benefícios da atividade física nessa fase da vida.
A análise, que incluiu 51 estudos com mais de 3000 participantes, revelou que todos os tipos de exercício promoveram melhorias significativas no VO2 máximo (a quantidade máxima de oxigênio que o corpo consegue utilizar durante o exercício) e na distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos, um indicador importante da capacidade funcional. Esses resultados foram consistentes independentemente do tipo de exercício, da duração do programa (curto ou longo prazo) e do sexo dos participantes. Em outras palavras, seja caminhada, musculação ou uma combinação dos dois, o exercício se mostrou eficaz para fortalecer o coração e melhorar a resistência física dos idosos.
A mensagem principal é clara: a prática regular de exercícios, adaptada às necessidades e capacidades individuais, é uma ferramenta poderosa para promover um envelhecimento saudável. Os benefícios observados na aptidão cardiorrespiratória se traduzem em maior independência, menor risco de doenças crônicas e, consequentemente, uma vida mais longa e ativa. Estudos futuros deverão focar na padronização dos protocolos de treinamento e no acompanhamento de longo prazo para otimizar os resultados e embasar as diretrizes clínicas para a população idosa. O importante é começar, mesmo que com atividades leves, e buscar orientação profissional para um programa seguro e eficaz.
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