A integração de tecnologias móveis, como aplicativos, na área da saúde tem se mostrado uma ferramenta promissora para otimizar o cuidado ao paciente, especialmente na fisioterapia. No entanto, a adoção e a eficácia percebida dessas ferramentas dependem fortemente da cultura médica existente nas instituições de saúde. Um estudo recente investigou a influência da cultura médica, juntamente com outros fatores importantes, na frequência de uso e na percepção de eficácia dos aplicativos móveis em contextos de fisioterapia.
A pesquisa revelou que um ambiente médico que valoriza a inovação, o trabalho em equipe e a prática baseada em evidências está significativamente associado a uma maior utilização de aplicativos. Em contrapartida, ambientes mais tradicionais, que resistem à mudança e preferem métodos convencionais, tendem a apresentar menor adesão. A usabilidade dos aplicativos também desempenha um papel crucial. Aplicativos que são fáceis de usar e que promovem o engajamento do paciente demonstraram ser mais eficazes na percepção dos profissionais de saúde.
O estudo, realizado em um hospital terciário especializado em reabilitação e fisioterapia, envolveu uma pesquisa com profissionais de saúde, incluindo fisioterapeutas e especialistas em reabilitação. Os resultados indicaram que a cultura médica positiva em relação à tecnologia foi um forte preditor do uso de aplicativos. Além disso, hospitais apresentaram maior uso e eficácia percebida em comparação com clínicas privadas e centros de reabilitação. A experiência profissional e a frequência de uso dos aplicativos também se mostraram fatores significativos. Em suma, o estudo reforça a importância de cultivar uma cultura médica inovadora e de investir no desenvolvimento de aplicativos centrados no paciente para otimizar o atendimento na área da saúde, especialmente na fisioterapia.
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