Um caso clínico incomum foi recentemente documentado, envolvendo um homem de 34 anos com uma complexa combinação de condições médicas: Síndrome de DiGeorge, HIV, sífilis e hipertensão pulmonar. O paciente apresentou um episódio maníaco inédito, acompanhado de características psicóticas. Este relato de caso destaca os desafios no diagnóstico e tratamento de manifestações psiquiátricas em indivíduos com múltiplas comorbidades.
Ao ser internado, o paciente exibia agitação psicomotora, comportamento catatônico, perseveração, pensamentos desorganizados, hiper-religiosidade, alucinações auditivas e delírios de grandeza. A Síndrome de DiGeorge, uma desordem genética resultante da deleção de uma pequena porção do cromossomo 22 (22q11.2), está associada a um risco aumentado de psicose, e a presença de HIV, sífilis e hipertensão pulmonar complicou ainda mais o quadro clínico. A instabilidade autonômica dificultou o tratamento inicial com antipsicóticos, exigindo uma abordagem terapêutica cuidadosa e individualizada.
Este caso sublinha a importância de considerar fatores genéticos e infecciosos ao avaliar pacientes com sintomas psiquiátricos de início súbito. A interação entre a Síndrome de DiGeorge, o HIV e a sífilis pode ter contribuído para o desenvolvimento da mania psicótica. O reconhecimento e o tratamento adequados de cada condição subjacente foram cruciais para estabilizar o paciente e melhorar seu prognóstico. A complexidade deste caso serve como um lembrete da necessidade de uma avaliação abrangente e multidisciplinar em pacientes com apresentações atípicas de doenças mentais.
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