Mulheres que superaram o câncer de mama frequentemente enfrentam o linfedema, uma condição que causa inchaço nos braços e pernas, limitando a mobilidade e a qualidade de vida. Tradicionalmente, acreditava-se que exercícios intensos, como a musculação, poderiam agravar o linfedema. No entanto, um estudo recente publicado na JAMA Network Open desafia essa crença, oferecendo novas perspectivas sobre o papel do treinamento resistido no cuidado dessas pacientes.
A pesquisa acompanhou um grupo de mulheres sobreviventes de câncer de mama submetidas a um programa de treinamento de resistência intenso, realizado três vezes por semana durante três meses. Os resultados mostraram que, ao contrário do que se temia, o treinamento não apenas não piorou o linfedema, como também esteve associado a melhorias significativas no equilíbrio de fluidos e no aumento da massa magra nos membros superiores. A análise da bioimpedância revelou uma melhora no índice de edema, indicando uma redução no linfedema ao final do programa de exercícios.
Esses achados são encorajadores e sugerem que o exercício resistido estruturado pode ser uma parte segura e benéfica do tratamento e dos cuidados de sobrevivência para mulheres que tiveram câncer de mama. A inclusão de exercícios de força não só ajuda a melhorar a composição corporal, mas também contribui para a recuperação da mobilidade e da força, impactando positivamente a qualidade de vida dessas pacientes. É importante ressaltar que o acompanhamento profissional é fundamental para garantir a segurança e a eficácia do programa de exercícios, adaptando-o às necessidades individuais de cada mulher.
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