A vertebroplastia percutânea é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo utilizado para estabilizar fraturas de compressão vertebral osteoporóticas, aliviando a dor e melhorando a funcionalidade do paciente. Apesar dos benefícios, a ocorrência de novas fraturas após a cirurgia é uma preocupação. Uma revisão sistemática e meta-análise recentes investigaram os fatores de risco associados a essas fraturas secundárias.
O estudo, que analisou dados de 3.821 pacientes, revelou que a incidência geral de fraturas secundárias após a vertebroplastia foi de 16,6% durante um período de acompanhamento mediano de 21 meses. A análise identificou quatro fatores de risco significativos: sexo feminino, baixa densidade mineral óssea, tabagismo e diabetes tipo 2. As mulheres apresentaram um risco 62% maior de sofrer novas fraturas em comparação com os homens. A baixa densidade mineral óssea, um indicador de osteoporose, também foi fortemente associada ao aumento do risco de novas fraturas. Da mesma forma, o tabagismo e o diabetes tipo 2 aumentaram as chances de fraturas secundárias após o procedimento.
Esses resultados destacam a importância de identificar e monitorar pacientes com esses fatores de risco após a vertebroplastia. A implementação de estratégias de tratamento adequadas, como a otimização da densidade mineral óssea através de suplementação de cálcio e vitamina D, cessação do tabagismo e controle glicêmico em pacientes diabéticos, pode ajudar a reduzir o risco de novas fraturas e melhorar o prognóstico geral após a cirurgia. O acompanhamento rigoroso e a intervenção precoce são cruciais para garantir os melhores resultados para os pacientes submetidos à vertebroplastia percutânea para fraturas vertebrais osteoporóticas. Atenção especial deve ser dada a pacientes do sexo feminino, fumantes, diabéticos e com baixa densidade óssea.
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