Autismo: Estudo Revela Alterações no Cérebro de Crianças de 2 a 4 Anos

Um estudo recente investigou as características morfológicas do cérebro de crianças de 2 a 4 anos diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa, publicada no Journal of Autism and Developmental Disorders, utilizou ressonância magnética (RM) de alta resolução para analisar o volume e a espessura do córtex cerebral, bem como regiões subcorticais, buscando associações com comportamentos clínicos.

Os resultados indicaram que crianças com TEA apresentaram um aumento na espessura e no volume cortical, principalmente nas regiões frontais e parietais do cérebro, quando comparadas a crianças com desenvolvimento típico. Ao comparar com crianças com atraso no desenvolvimento (DD), o grupo com TEA exibiu um aumento no volume cortical no lobo frontal posterior e no cíngulo médio-posterior. Já as crianças com DD apresentaram maior espessura e volume cortical no giro parietal superior em relação ao grupo de desenvolvimento típico.

Além disso, o estudo identificou algumas correlações entre as características cerebrais e o desenvolvimento clínico. No grupo combinado de crianças com TEA e DD, o aumento da espessura cortical no sulco frontal superior se correlacionou com um comportamento adaptativo inferior. A redução do volume do núcleo accumbens e o aumento da espessura cortical no sulco frontal superior e no sulco pré-central foram associados à diminuição do desenvolvimento da linguagem. Essas descobertas sugerem que as alterações cerebrais observadas podem ser importantes marcadores das trajetórias de desenvolvimento alteradas em crianças com TEA, fornecendo pistas cruciais para intervenções precoces e personalizadas.

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