A escoliose, uma curvatura anormal da coluna vertebral, é frequentemente classificada como idiopática em adolescentes, o que significa que sua causa é desconhecida. No entanto, um estudo recente investigou a prevalência e as características da escoliose em adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sugerindo que, neste grupo, a condição pode estar mais relacionada a fatores sindrômicos do que se pensava anteriormente.
A pesquisa comparou adolescentes com TEA e escoliose (ASD-S) a um grupo de controle de adolescentes neurotípicos com escoliose idiopática. Os resultados revelaram que os pacientes ASD-S apresentavam um aumento significativo na cifose torácica (curvatura da parte superior das costas) e na lordose lombar (curvatura da parte inferior das costas) em comparação com o grupo de controle. Além disso, uma maior proporção de pacientes ASD-S apresentava um desalinhamento do tronco, indicando um desequilíbrio postural mais acentuado.
Uma descoberta notável foi que barreiras sociais e comportamentais impediram que alguns pacientes ASD-S recebessem o tratamento cirúrgico recomendado para a escoliose. Isso ressalta a importância de considerar as necessidades específicas dessa população ao planejar e implementar intervenções. A equipe de saúde precisa estar atenta aos desafios de comunicação e sensoriais que podem impactar a adesão ao tratamento e o sucesso da reabilitação. Em resumo, a escoliose em pacientes com TEA pode apresentar características distintas e exigir uma abordagem de tratamento mais abrangente, levando em conta tanto os aspectos físicos quanto os comportamentais.
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