Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA) são condições neurodesenvolvimentais complexas, frequentemente coexistindo e compartilhando características genéticas. Identificar marcadores genéticos precisos que possam auxiliar no diagnóstico e compreensão dessas condições tem sido um desafio para a ciência.
Um estudo recente explorou o uso de escores poligênicos (PGS) – que combinam os efeitos de múltiplos genes para prever o risco de uma condição – para melhorar a distinção entre TDAH e TEA. A pesquisa revelou que a sobreposição genética entre diferentes transtornos psiquiátricos pode levar a resultados inflados e imprecisos nos PGS tradicionais. Para contornar esse problema, os pesquisadores utilizaram uma técnica chamada Modelagem de Equações Estruturais Genômicas (GenomicSEM) para refinar os PGS, tornando-os mais específicos para cada transtorno.
Os PGS aprimorados com GenomicSEM demonstraram maior poder discriminatório em dois grandes grupos de participantes, apresentando associações mais fracas com características não diretamente relacionadas ao transtorno-alvo. Além disso, as correlações genéticas entre os PGS para TEA e TDAH foram significativamente atenuadas em associações cruzadas com outros transtornos psiquiátricos. Esses resultados sugerem que a abordagem GenomicSEM pode ser uma ferramenta valiosa para refinar os sinais genéticos, melhorando a precisão dos PGS e abrindo caminho para aplicações diagnósticas mais eficazes no futuro. Compreender melhor a base genética dessas condições é crucial para o desenvolvimento de intervenções mais direcionadas e personalizadas, impactando positivamente a vida de indivíduos com TDAH e TEA.
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